terça-feira, novembro 29, 2005


Hoje vou iniciar um novo tipo de entrada no meu blog, falar sobre uma das coisas que mais gosto... cinema!
Elizabethtown foi uma supresa para mim, bem realizado e narrado com uma ligeireza que me deixou admirado.
Todo o enredo inicial faz-nos acreditar que de um filme romântico se trata, mas no meu ponto de vista, vai além e toca-nos de uma maneira supreendente... O tema do Pai, salta e resalta durante o filme, a questão do encontro e de uma paixão que surge e se torna em amor, que não é fugaz como parecia querer e muito menos "shalow" como dizem os ingleses. A família e as questões que quase todos conhecemos, do " tomar partido" do "tu és da familia do teu pai" tu sais mesmo ao outro lado da família... A dor e como o humor é um forte suporte para esta passagem; para o nosso luto, o nosso luto físico e espiritual.. se eu acredito em Deus porque hei-de ficar triste com a morte, posso é ficar com saudade de quem parte...
Por vezes esquecemos que a comunicação faz parte intrínseca de nós e somos nós que a desenvolvemos ou nos fechamos em nós próprios. Será que eu vou falar com o pai quando ele estiver dentro de um caixão? será que é isso que queremos para nós? falar com quem mais amamos quando eles estão calados para sempre? não sei se kero espalhar as cinzas de alguem k amo como o Drew fazia no filme e conversar com o pai que estava num pote resumido a cinzas...
Será essa a viagem que queremos para nós? a Viagem final...
Para mim há uma metáfora que vou guardar em mim e leva-la para onde o coração me deixar..
gorro encarnado... aquele gorro encarnado no meio de tantos outros bonés e chapéus encarnados que se dilui mas que algo nos faz sentir que aquele gorro encarnado é O meu..
Eu tenho dois gorros encarnados... e vocês???