

Elizabethtown foi uma supresa para mim, bem realizado e narrado com uma ligeireza que me deixou admirado.
Todo o enredo inicial faz-nos acreditar que de um filme romântico se trata, mas no meu ponto de vista, vai além e toca-nos de uma maneira supreendente... O tema do Pai, salta e resalta durante o filme, a questão do encontro e de uma paixão que surge e se torna em amor, que não é fugaz como parecia querer e muito menos "shalow" como dizem os ingleses. A família e as questões que quase todos conhecemos, do " tomar partido" do "tu és da familia do teu pai" tu sais mesmo ao outro lado da família... A dor e como o humor é um forte suporte para esta passagem; para o nosso luto, o nosso luto físico e espiritual.. se eu acredito em Deus porque hei-de ficar triste com a morte, posso é ficar com saudade de quem parte...
Por vezes esquecemos que a comunicação faz parte intrínseca de nós e somos nós que a desenvolvemos ou nos fechamos em nós próprios. Será que eu vou falar com o pai quando ele estiver dentro de um caixão? será que é isso que queremos para nós? falar com quem mais amamos quando eles estão calados para sempre? não sei se kero espalhar as cinzas de alguem k amo como o Drew fazia no filme e conversar com o pai que estava num pote resumido a cinzas...
Será essa a viagem que queremos para nós? a Viagem final...
Para mim há uma metáfora que vou guardar em mim e leva-la para onde o coração me deixar..
gorro encarnado... aquele gorro encarnado no meio de tantos outros bonés e chapéus encarnados que se dilui mas que algo nos faz sentir que aquele gorro encarnado é O meu..
Eu tenho dois gorros encarnados... e vocês???